EVANGELIZAR NO CORAÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS:
"Sou missionário, sou Povo de Deus; sou índio, caboclo mestiço, fazendo da vida a missão. Aqui nesta grande tapera da Igreja Amazônica sou mensageiro de um Deus que é irmão... Somos filhos da Igreja do Norte, missionários desta região. Formamos a comunidade nesta geografia que temos nas mãos. Aprendemos a ouvir a mensagem de um Deus que nos fala na brisa, nas águas, nas flores, no chão... Jesus Cristo nosso guia, anima o nosso caminhar; nos aponta o caminho certo e de braços abertos vem nos ensinar" (Manoel Neris, Manacapuru, Prelazia de Coari-AM)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

OS FESTEJOS DE SÃO SEBASTIÃO NA PRELAZIA DE COARI (AM) - 11-20.01.2013



No dia 11 de janeiro de 2013 começou  o Novenário em honra do Glorioso São Sebastião, que vai até o dia 20 de janeiro. São Sebastião é padroeiro da Paróquia em Caapiranga e o co-padroeiro em Coari, Codajás, Anamã... Dom Marcos Piatek, bispo da Prelazia de Coari, participará parcialmente dos festejos em Codajás (11-12.01.13.), em Coari (15.01.13) e em Anamã (13 e 20.01.13). O tema dos festejos está ligado à Campanha da Fraternidade de 2013 com o tema: “Fraternidade e Juventude” e o lema: “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).

Cerca de 400 Paróquias espalhadas pelo Brasil, invocam São Sebastião como seu Padroeiro e neste mesmo dia 11 de janeiro, iniciando o novenário em preparação a sua festa, celebrada liturgicamente no dia 20 de janeiro. Durante o Novenário procuraremos responder a pergunta: "Mas quem foi mesmo São Sebastião?" E ainda: "O que ele tem a dizer a nós cristãos do século XXI?"

São Sebastião (256 d.C.-288 d.C.) nasceu por volta de 256 d.C., provavelmente na cidade de Narbona (em francês: Narbonne), no sul da França. O seu nome deriva do grego sebastós, que significa divino, venerável. Narbona era uma cidade perdida no imenso império romano, que então dominava o mundo. Hoje ela ainda existe. Encontra-se no sul da França, que naquela época fazia parte da província das Gálias. O pai dele era funcionário publico do império romano. A mãe era de Milão, na Itália. Ainda pequeno seus pais se transferiram para a cidade de Milão, na Itália. Diz a história que, quando Sebastião era ainda pequeno, sua família mudou-se para a cidade de Milão, bem mais próxima de Roma, que era a capital do Império. Ali morreu o seu pai, ficando o menino entregue aos cuidados maternos. Desde o pequeno São Sebastião foi educado na fé cristã. 

Com cerca de 19 anos de idade se mudou de Milão para Roma. Sebastião, logo que chegou a Roma, foi promovido a oficial. Era um valente soldado. Era sem dúvida nenhuma um soldado exemplar! O imperador cativado pela fibra e personalidade deste jovem o nomeou comandante dos pretorianos, seus guardas-pessoais. Sua fama de bom soldado era tamanha que se tornou estimado pelos imperadores romanos Diocleciano e Maximiano.
São Sebastião vivia num tempo em que era proibido confessar a fé em Jesus e os cristãos eram tidos como inimigos do Estado pelo fato de não adorarem aos deuses pagãos. Os soldados prendiam sem dó nem piedade os cristãos.

Desde o ano 63, quando Nero era imperador romano, os cristãos foram quase, ininterruptamente, perseguidos. De tempos em tempos, um imperador declarava o extermínio sumário dos cristãos. Cada um deles decretava uma perseguição mais feroz do que outra. A perseguição, a que nos referimos, iniciou-se precisamente no dia 23 de fevereiro de 303 e foi ordenada pelo imperador Diocleciano com o seguinte decreto: "Sejam invadidas e demolidas todas as Igrejas! Sejam aprisionados todos os cristãos! Corte-se a cabeça de quem se reunir para celebrar o culto! Sejam torturados os suspeitos de serem cristãos! Queimem-se os livros sagrados em praça pública! Os bens da Igreja sejam confiscados e vendidos em leilão!"

Sebastião era cristão, e o imperador não sabia disso. São Sebastião ajudava aos cristãos e por isso foi conhecido depois o DEFENSOR DA IGREJA. Ele confortava aos cristãos que eram perseguidos, encarcerados e especialmente aos que padeciam no martírio. Organizava a sepultura digna dos cristãos martirizados, o que era proibido por causa da perseguição dos cristãos. Até mesmo pessoas em altos postos do sistema carcerário romano se converteram à fé em Jesus por meio do seu testemunho. Difundia a fé cristã no meio das classes altas da corte. Era um fervoroso evangelizador!

Por volta de 286, Sebastião foi denunciado por ser seguidor de Jesus Cristo. O imperador Diocleciano ficou indignado e irado, e o condenou à morte. Levaram-no para um campo aberto (colina de Palatino), e os arqueiros da Mauritânia o flecharam. Dando-o por morto, abandonaram-no preso a uma árvore. Sebastião, por um milagre, resistiu às flechadas e sobreviveu. Foi encontrado por uma piedosa viúva, Santa Irene, que cuidou de suas feridas. 

Chegou o dia 20 de janeiro. Era o dia consagrado à divindade do imperador. Este saiu em grande cortejo de seu palácio e dirigiu-se ao templo do deus Hércules, onde seriam oferecidos os sacrifícios de costume. Estando coroado pelos sacerdotes pagãos e pelos homens mais nobres do império, foi concedida uma audiência pública. Quem desejasse pedir alguma graça ou apresentar alguma queixa, poderia fazê-lo nesta ocasião, diante do soberano. 

Após a sua recuperação, o valente Sebastião, com toda a dignidade e cheio do Espírito Santo, apresentou-se diante do imperador e, destemidamente, reprovou-lhe o comportamento em relação à Igreja. Reprovou-lhe as injustiças, a falta de liberdade e a perseguição aos cristãos. Após a sua recuperação, o valente Sebastião se apresentou ao imperador Diocleciano, censurando-o por sua crueldade contra os cristãos e exortando-o a deixar de adorar os falsos deuses. O imperador ficou estarrecido ao ver em sua presença aquele que cria estar morto. Preso novamente foi açoitado até morrer: apedrejado.
Seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma: Cloaca Maxima, E assim, seria apagada, para sempre, a sua memória. Durante a noite, um grupo de cristãos foi até o local onde o corpo de Sebastião tinha sido jogado. Santa Luciana resgatou seu corpo, limpou-o, e sepultou-o nas catacumbas, hoje chamadas de São Sebastião. Era o dia 20 de janeiro de 286 d.C.  

O culto de São Sebastião se espalhou a partir do séc. IV tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. Mais tarde, no ano de 680, suas relíquias foram solenemente transportadas para uma basílica construída em sua honra, e onde se encontram até hoje. Naquela ocasião, Roma estava assolada por uma terrível peste, que vitimou muita gente. Entretanto, tal epidemia desapareceu a partir da hora da transladação dos restos mortais desse mártir, que é venerado como o padroeiro contra a peste, fome e guerra.
As cidades de Milão, em 1575 e Lisboa, em 1599, acometidas por pestes epidêmicas, se viram livres desses males, após atos públicos suplicando a intercessão deste grande santo.

São Sebastião é o Patrono dos soldados, atletas, um defensor poderoso contra a peste, fome e guerra. 

A oração a São Sebastião:

Glorioso mártir São Sebastião, soldado de Cristo e exemplo de cristão,
hoje vimos pedir a vossa intercessão junto ao trono do Senhor Jesus,
nosso Salvador, por Quem destes a vida.

Vós que vivestes a fé e perseverastes até o fim,
pedi a Jesus por nós para que sejamos
testemunhas do amor de Deus.

Vós que esperastes com firmeza nas palavras de Jesus,
pedi-Lhe por nós, para que aumente
a nossa esperança na ressurreição.

Vós que vivestes a caridade para com os irmãos,
pedi a Jesus para que aumente o nosso amor para com todos,
sobretudo o nosso amor para com os jovens.

Enfim, glorioso mártir São Sebastião, protegei-nos contra a peste,
a fome e a guerra; defendei as nossas plantações e os nossos rebanhos,
que são dons de Deus para o nosso bem e para o bem de todos.
E defendei-nos do pecado, que é o maior de todos os males.
Assim seja. AMÉM!

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