EVANGELIZAR NO CORAÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS:
"Sou missionário, sou Povo de Deus; sou índio, caboclo mestiço, fazendo da vida a missão. Aqui nesta grande tapera da Igreja Amazônica sou mensageiro de um Deus que é irmão... Somos filhos da Igreja do Norte, missionários desta região. Formamos a comunidade nesta geografia que temos nas mãos. Aprendemos a ouvir a mensagem de um Deus que nos fala na brisa, nas águas, nas flores, no chão... Jesus Cristo nosso guia, anima o nosso caminhar; nos aponta o caminho certo e de braços abertos vem nos ensinar" (Manoel Neris, Manacapuru, Prelazia de Coari-AM)

sábado, 9 de novembro de 2013

NO DIA 9 DE NOVEMBRO CELEBRAMOS A DATA DOS TRÊS ANIVERSÁRIOS.



No dia 9 de Novembro celebramos a data dos três aniversários pelos quais louvamos a Santíssima Trindade.
I. O primeiro aniversário é ligado com a criação da Diocese de Coari (AM). Foi exatamente um mês atrás que, no dia 09 de novembro de 2013 o Vaticano e a Nunciatura Apostólica no Brasil nos informavam: “O Santo Padre Francisco dignou-se elevar a Prelazia territorial de Coari à Diocese nomeando seu primeiro Bispo Excelentíssimo Dom Marek Marian Piatek, C.Ss.R.”

II. No dia 9 Novembro a Igreja celebra a Festa da Dedicação da Basílica de Latrão em Roma.
A Basílica do Latrão é dedicada ao SS. Salvador e mais tarde também aos Santos João Batista e João Evangelista. A Igreja tem como alicerce, como fundamento Jesus Cristo! São Paulo é enfático: “Ninguém pode colocar outro alicerce diferente do que está aí, já colocado: Jesus Cristo” (1 Cor 3,11). Esta Igreja fundada por Jesus Cristo tem como colunas os 12 Apóstolos e os seus sucessores - bispos. Os primeiros cristãos, por causa da perseguição, se reuniram para rezar e para celebrar a fração do pão (Eucaristia) nas casas (igrejas domesticas). Quando parou a perseguição começaram surgir oficialmente os primeiros templos. Na cidade de Roma, onde se encontram os túmulos do Apóstolo S. Pedro e de São Paulo, a primeira igreja foi construída pelo imperador Constantino, no bairro romano Latrão e, foi dedicada (benta, consagrada) ao SS. Salvador e aos santos João Batista e João Evangelista.
A basílica lateranense foi fundada pelo Papa Melquiades (313-314) nas propriedades doadas para este fim pelo imperador Constantino, ao lado do palácio lateranense, até então residência imperial e depois residência pontifícia. Surgia assim a Igreja do SS. Salvador, a igreja-mãe de todas as igrejas de Roma e do mundo inteiro, destruída e reconstruída muitas vezes. Foram celebradas nela cinco grandes Concílios nos anos de 1123 a 1512. Como lá morava o papa ela é chamada “Mãe e cabeça de todas as igrejas da Urbe (cidade de Roma) e do Orbe (mundo).
A basílica do Latrão se tornou a primeira catedral do mundo porque lá estava a “cátedra = cadeira” dos sucessores de S. Pedro. A Igreja do Papa ela “preside a assembleia universal da caridade” (S. Inácio de Antioquia, /35-107/). Ao contrário do que muitos pensam, é esta basílica, e não a basílica de S. Pedro no Vaticano, o templo mais antigo.


A festa da dedicação da basílica do Latrão tem um caráter importante, que é celebrar a unidade e o respeito para com a Sé Romana do Santo Padre. Unindo-se hoje à Igreja de Roma, as Igrejas de todo o mundo lhe reconhecem a “presidência da caridade”.







III. No dia 9 de novembro os Missionários Redentoristas celebram o 281 aniversário da sua fundação (1732-2013).
A respeito disso os historiadores nos informam, que Santo Afonso Maria de Ligório “o cavaleiro napolitano de linhagem, o intelectual consumado, o artista de qualidade, o padre solicitado pelos nobres e pelas almas da elite, o mais valorizado dos ilustríssimos da capital e das cidades do Reino, aos 35 anos e 6 meses, decide-se a dizer adeus ao continente de sua juventude e de sua primeira idade madura. Ele muda de “mundo” (Th. Rey Mermet, 267). Um outro historiador diz assim sobre a fundação dos Missionários Redentoristas: “No dia de 9 de novembro de 1732, S. Afonso M de Ligório com os seis companheiros, mais o dom Falcóia, cantam a Missa do Espírito Santo e o ‘Te Deum’ da fundação da congregação; não na catedral de Scala, mas no humilde oratório da hospedaria das irmãs redentoristinas” (F.Kunz, vol.I, 258).

A Congregação do Santíssimo Redentor (Redentoristas) foi fundada na cidade de Scala, no sul da Itália. A história nos diz que “Em Scala, Santo Afonso aparece pela primeira vez no mês de maio de 1730. Os seus médicos o enviaram a restabelecer-se nas alturas de Scala e Ravello, que faziam parte da linda Costa Amalfitana. É uma região linda e boa para se descansar e pensar na vida, numa paisagem paradisíaca”. Segundo o Pe. A. Tannoia: “Foi essa a ocasião de que Deus se serviu para fazer com que Afonso descobrisse a grande miséria espiritual de que sofriam tantas almas privadas dos sacramentos e da Palavra de Deus, que “apodreciam” abandonadas nos campos e nos casebres ... A experiência do mundo do abandono, em Scala, foi decisiva. A volta para a cidade de Nápoles não foi total. “Seu coração tinha permanecido em Santa Maria dos Montes (nas montanhas de Scala). Não deixou abandonados os seus amados pastores e cabreiros. Considerando sua necessidade pedia a Deus que suscitasse entre os filhos de Abraão quem cuidasse daquela infeliz gente” (A.Tannoia, 62-63).
Qual é a finalidade dos Missionários Redentoristas? O próprio fundador, Santo Afonso, a define assim: “O fim do Instituto (redentoristas) é formar sacerdotes que vivam em comum... sendo seu único fim, seguir os exemplos do SS. Salvador Jesus Cristo, pregando a Palavra de Deus, conforme ele falou de si mesmo: enviou-me a evangelizar os pobres...” (Lc 4,18). Eis os elementos básicos do carisma (finalidade) dos missionários redentoristas:
1. “Viver em comum”. Vida comunitária é a essência da vida consagrada!
2. “Seguir os exemplos do SS. Salvador Jesus Cristo”. Finalidade é amar Jesus Cristo Redentor como a razão do nosso ser e do nosso fazer! A respeito disso Santo Afonso de Ligório diz: “Antes da Encarnação do Verbo, o homem podia duvidar se Deus o amava com verdadeiro amor. Mas depois da vinda do Filho de Deus, e depois que ele morreu por amor dos homens, como podemos ainda duvidar?... Olha aquela cruz, aqueles sofrimentos, aquela morte cruel de Jesus por ti. Após tantas e tão grandes provas de amor não podes duvidar de que ele te ama e te ama muito”. (Afonso de Ligório, A prática de amor a Jesus Cristo, 48-49).
3. “Pregando a Palavra de Deus”, fazendo as santas missões. Santo Afonso lembrava já naquele tempo que “O mundo está cheio de pregadores que pregam a si mesmos e não Jesus Cristo, ao passo que o inferno está cheio de almas”. Sto. Afonso, Selva di materie predicabili, 242).
4. O destinatário do carisma redentorista é o abandonado, o pobre conforme as palavras do próprio Jesus na sinagoga de Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boa-nova aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos” (Lc 4,18).
O missionário redentorista tem que ser a “Viva Memória do Redentor” e colocar a tenda da Igreja onde ela ainda não está plantada e, sobretudo realizar a vontade de Deus. “Muitos querem servir a Deus, mas conforme seu gosto, em tal emprego, em tal lugar, com tais companheiros, em tais circunstâncias. Se não for assim, ou deixam os seus deveres ou agem de má vontade. Essas pessoas não têm a liberdade de espírito, mas são escravas de seu amor próprio... Agradar a Deus e morrer ao amor próprio, eis a primeira regra dos santos!” (S. Afonso Maria de Ligório, A prática do amor a Jesus Cristo, Ed. Santuário, Aparecida 1987, 84).
Toda a obra dos missionários redentoristas é colocada nas mãos da Santíssima Trindade e nas mãos de Maria. Numa das suas carta S. Afonso escreve: “Não deixemos jamais de recomendar-nos a divina Mãe” (29.07.1774).

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